Poema colaborativo para o Dia Mundial da Língua Portuguesa
Mote – invocação lúdica
Estou cá a escrever
um convite a jogar
palavras para nos entreter.
(Mario Madureira Fontes)
Palavras ao vento, declamar.
Que cheguem a todo lugar.
De alma em alma, compartilhar.
(Ana Paula Albuquerque Teixeira)
Mario Fontes me inspirou
A mandar este poeminha
Como gosto de jogar
Faço aqui minha riminha.
Sim, a língua está viva
E esse dom da poesia
Revela o jogo, sem mistério
Wittgenstein já dizia!
Agora estou curioso
Quem será o corajoso
A seguir-se na autoria?
(Arnaldo V. Carvalho)
Pois neste momento triste temos que achar um melhor jeito de viver.
(Flávia Guimarães)
Baixo-alto tom complexo glissando
Uma belíssima eufonia
Na portuguesa fala desvelando
Sonâncias indéxicas de harmonia
Os ouvidos das gentes encantando
Dos sirênicos sons aos sentidos.
(Sandra Madureira)
A língua é lúdica
Um jogo incompleto
Que teimamos porque sim.
Às vezes em círculo
A língua erra
Num jogo sem fim.
(Ernane Guimarães Neto)
De posse de caneta,
do pincel ou do teclado,
mando aqui o meu recado.
Esta língua, de Camões a Mestre Cartola,
re-enrosca nossa gente.
Brasil, Guiné, Portugal e Angola: presente!
(Mirian Meliani)
[Este poema multimídia colaborativo foi desenvolvido durante a quarentena de 2020 para o Dia Mundial da Língua Portuguesa. Imagens e vídeo: Ana Paula Albuquerque Teixeira]