À comunidade dos Estudos Lúdicos:
A Rede Brasileira de Estudos Lúdicos completou em setembro passado seis anos de existência, iniciando desde então uma nova gestão que consolida mudanças progressivas iniciadas em 2021. Como presidente reeleito, reitero o agradecimento a Mario Madureira Fontes e Flavia Guimarães, que muito ajudaram durante sua participação na gestão que se encerrou, especialmente desafiadora pela mudança de padrões de comportamento decorrente da pandemia de COVID-19.
A nova gestão tem como vice-presidente Ana Paula Albuquerque, que antes já fazia muito mais do que o título de tesoureira descreve; o atual tesoureiro é Silvio Bogsan, que desde a fundação da REBEL participa de nossa comunidade ativamente; o novo diretor de relações institucionais é Leonardo Lima, que já tem sido responsável pela identidade visual da associação.
A principal mudança que traz esta gestão, que o leitor já deve ter percebido em 2022, é um deslocamento de foco: a REBEL, que nasceu com a pretensão de representar uma camada ampla da sociedade (estudantes e professores de Game Design, criadores de jogos, colecionistas e interessados no humor e nos quadrinhos), passou a enfatizar seu papel de ser lugar de encontro de criadores de jogos e cultura lúdica, pesquisadores interdisciplinares e especialistas de alto nível.
Isso é percebido na qualidade de nosso acervo: nos conteúdos disponíveis no sítio e nos textos da Revista de Estudos Lúdicos, além de nossos vídeos no YouTube. Em contrapartida, a divulgação do noticiário lúdico em 2022 por meio de redes sociais ficou restrita aos associados efetivos. Não tivemos Fórum Acadêmico de Estudos Lúdicos em 2022 em parte por conta dessa mudança estratégica: as próximas edições do FAEL serão menores, focadas em propor experiências que dinamizem e aprofundem os diálogos de nossa comunidade mais engajada.
A REBEL reitera os compromissos que estavam presentes em sua fundação e pretende continuar, por meio de suas publicações, oferecendo tanto material ludológico avançado quanto contribuições ao letramento lúdico. A construção de uma saída, em tempo de sociedades politicamente desumanizadas, necessita de cidadãos com pensamento analítico e noção de conjunto, condições para a plena humanidade que os jogos e a ludicidade ajudam a desenvolver.
Ernane Guimarães Neto
presidente
Rede Brasileira de Estudos Lúdicos